Hevi e Caldeirada (Malandrómeda): «Queremos que nos escuitem em Pernambuco, Kansai, Escócia ou Cacheiras»

Hip-hop de Santiago de Compostela (Galiza). Espetáculo showcase a 9 de julho na Sala Nasa.

Malandrómeda som Hevi e Caldeirada. Este grupo compostelano está formado através da uniom de dous pioneiros do rap em galego que já participárom em grupos como Colectivo Urbano ou Non Residentz, entre outros projetos. Levam tempo apresentando por diferentes vilas e cidades do País um maxisingle que vem como adianto do LP que estám a preparar. O máxi contém dous temas novos, «rapidinhos e com um sabor a rocanrol desfigurado», asseguram. Aliás, inclui as remisturas que figérom produtores do calibre de Kaze e Mou, que «levam os temas a outra dimensom» e que implica «um privilégio» para o grupo, indicam. O suporte, um «elegante» vinilo branco, foi publicado por temazo.org. Ainda, toda a discografia do grupo está disponível gratuitamente na rede de redes.

 

P: Malandrómeda é um grupo de música ou um projeto que vai mais alá?

R: Um grupo de música que vai sempre para diante.

P: De onde vem o nome do vosso grupo, Malandrómeda?

R: Propomos-lhe à gente que esteja a ler isto que nos venham contar de onde pensam que vem o nome. O dia 9 de julho na Sala Nasa.

Malandrómeda. Fotografia de idNespereira

Malandrómeda. Fotografia de idNespereira

P: Quando vos juntastes e como começou o vosso projeto musical?

R: Finais do 2005, depois de fazermos uns temas juntos para o desaparecido programa de rádio La Caraba [Radio Voz], a máquina começou a andar… e até hoje.

P: Ao redor de Malandrómeda há outros projetos paralelos, e igualmente houvo projetos que acadárom muita sona…

R: Seria bom citar-vos a Fundación Cru. Usávamos bateria, baixo, guitarra, teclados, ventos… todos tocávamos de tudo,  quatro rapeando, DJ… um projeto que funcionava muito ben em direto. Seria polo 1996 e uns anos mais.

Non Residentz, o grupo que parecia um conto: «eram un inglês, um brasileiro e mais um galego»… Que dizer? Era o equilíbrio; rap, rap; de 99 a 2008.

Dos que estám bourando hoje: Fluzo, outra volta mais, textos a coraçom aberto e música distinta, procurar outros caminhos no som entre cada pitança nas pulparias, macarras…; Juanito Broders, a resposta festeira a tanta cara-de-cona na cena rapeira; e citar também outros projetos que produziu o Hevi como por exemplo Iron Mon ou Furnier E, sem esquecermos os superpreias Fo-Di e Barbaconna (grande vídeo!). Toda esta peña [galera] som quem andan a voar ao redor da página temazo.org.

P: Que significa para vós cantar em galego? É algo natural? É umha escolha consciente? Umha vontade de chegar a mais pessoas que nos entendam?

R: [HEVI] Para esta pergunta, deixai-me pedir umha reflexom às leitoras: por que nunca preguntan a um grupo galego que canta em castelhano, «por que cantais em castelhano»???

P: O hip-hop tem um público na Galiza?

R: No mundo inteiro, e sem botar contra da nossa vila [Santiago de Compostela], Lugo é a cidade hip-hop por excelência!

P: Existe consciência de um hip-hop galego ou é um estilo de música pouco arraigado aqui?

R: Lá onde vamos, gente há. Gente nova, lenha verde…

P: Quais som os traços singulares de Malandrómeda? Como vos pode reconhecer o pessoal?

Malandrómeda. Fotografia de idNespereira

R: Seguro que pola roupa de leopardo!

P: Pedem-vos mais “otra”, “outra” ou “mais umha”?

R: A verdade é que sempre avisamos de que nom fazemos bises… mas normalmente chamam-nos «guuaaaaposs»!

P: Que se pode transmitir fazendo música?

R: Nom sabemos, mas que nos leve para diante!

P: Como vedes o presente e o futuro da nossa língua? Por que deveria passar?

R: [HEVI] Suponho que me perguntais a mim, porque Caldeirada o  futuro do polaco vê-vo-lo bastante ben [risos]. Sinto-o muito, mas isto parece um chiste, porque o galego é um lobo para o galego. STOP pailanismo. Manquiña para Madri!

P: Vais participar no éMundial. Que pode esperar o público que vos venha escuitar?

R: Somos muito feios, mas movemo-nos como panteras.

P: A vossa obra está disponível gratuitamente na internet, por que?

R: Porque os CDs eram um timo, estám passados e a propriedade inteletual é umha história que fijo ricos a quatro monas e nós o que queremos é que nos escuitem em Pernanbuco, Kansai, Escocia ou Cacheiras.

P: Que significa para vós a frase “o galego é mundial”?

R: E logo nom?

 

Queres saber como soa Malandrómeda?

Malandrómeda – Que nos Leve pra Diante

 

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