O Concelho de Vigo provoca a suspensão da projeção de filmes lusófonos

A Associaçom Galega da Língua (AGAL), entidade organizadora do éMundial 2012, denuncia a atitude do Concelho de Vigo, que está a pôr «enormes dificuldades» para a celebração deste festival. Se...

A Associaçom Galega da Língua (AGAL), entidade organizadora do éMundial 2012, denuncia a atitude do Concelho de Vigo, que está a pôr «enormes dificuldades» para a celebração deste festival.

Se no passado dia 31 as autoridades municipais surpreendiam anunciando a suspensão do apoio económico prometido (14.000€), sem sequer dar ainda explicações a respeito, hoje foi comunicada a denegação da autorização de uso do Auditório municipal para as projeções de filmes lusófonos previstas para hoje, dia 5.

Trata-se da segunda ocasião em quatro dias que o éMundial sofre entraves para o uso de espaços públicos que tinha reservados. Já aconteceu na inauguração do festival, o passado dia 2, em que a inauguração mais o Encontro de Escritores da Lusofonia tiveram de passar da Casa Galega da Cultura para o Hotel Bahía.

Desta volta, as poucas explicações recebidas sobre este último contra-tempo apontam a que as celebrações e receções oficiais pelo ascenso do R. C. Celta provocaram que o cineclube Lumière ficasse sem passar o seu filme de ontem, dia 4. Diante dessa eventualidade, as autoridades municipais resolveram conceder a essa entidade a reserva do espaço que previamente tinha feito o éMundial, aludindo a um convénio assinado entre o cineclube e o Concelho.

Da AGAL solidarizam-se com o cineclube Lumière e celebram que tenham podido resolver a sua problemática, mas denunciam que o Concelho decidira unilateralmente a cancelação de reserva de um espaço sem sequer oferecer uma localização alternativa. A poucas horas do início previsto para as projeções (dia 5, a partir das 18h), e não tendo tempo nem para procurar uma outra localização nem difundir adequadamente a modificação do espaço, a organização do éMundial vê-se obrigada a suspender a projeção.

A AGAL denuncia a atitude do Concelho de Vigo, «a meio caminho entre a boicotagem e a má fé». A associação lamenta também os prejuízos ocasionados a alguns dos realizadores, que já tinham reservada a data para assistirem à projeção dos seus trabalhos. «Infelizmente, a atitude das autoridades municipais já provocou similares transtornos a outros artistas, cujos trabalhos desapareceram do programa no último momento, mesmo após iniciado o festival» devido à cancelação das ajudas municipais denunciadas no começo desta informação.