Homenagem a José Saramago

Dentro das comemorações do dia de Portugal, 10 de junho, a partir das 16h, o Auditório Municipal será o palco de uma homenagem ao Prémio Nobel da Literatura. José Saramago....

Dentro das comemorações do dia de Portugal, 10 de junho, a partir das 16h, o Auditório Municipal será o palco de uma homenagem ao Prémio Nobel da Literatura. José Saramago.

  • 16:00 – BOAS-VINDAS (mensagem de Pilar del Río) e apresentação do filme José e Pilar, por João Ribeirete, responsável do Centro Cultural do Instituto Camões em Vigo.
  • 16:15 – PROJEÇÃO do filme José e Pilar (Miguel Gonçalves Mendes, 2010. Dur. 125′).

A Viagem do Elefante, o livro em que Saramago narra as aventuras e desventuras de um paquiderme transportado desde a corte de D. João III até à do austríaco Arquiduque Maximiliano, é o ponto de partida para José e Pilar, filme de Miguel Gonçalves Mendes que retrata a relação entre José Saramago e Pilar del Río.

Mostrando o dia a dia do casal em Lanzarote e em Lisboa, na sua casa e em viagens de trabalho por todo o mundo, José e Pilar é um retrato surpreendente de um autor durante o seu processo de criação e da relação de um casal empenhado em mudar o mundo – ou, pelo menos, em torná-lo melhor. José e Pilar revela um Saramago desconhecido, desfaz ideias feitas e prova que génio e simplicidade são compatíveis. José e Pilar é um olhar sobre a vida de um dos grandes criadores do século XX e a demonstração de que, como diz Saramago, “tudo pode ser contado doutra maneira”.

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  • 18:20 – DEBATE com o público.
  • 18:30 – INTERVALO
  • 18:45 – APRESENTAÇÃO por João Ribeirete, responsável do Centro Cultural do Instituto Camões em Vigo, do filme Ensaio sobre a cegueira.
  • 19:00 – PROJEÇÃO do filme Ensaio sobre a cegueira (Fernando Meirelles, 2010. Dur. 121′), baseado na obra homónima de Saramago.

Numa cidade grande, o trânsito é subitamente interrompido quando um motorista de origem japonesa não consegue dirigir e diz ter ficado cego. Ele é ajudado a chegar em casa por um homem, que acaba por roubar o seu carro. No dia seguinte ele e a mulher vão consultar um oftalmologista, que não descobre nada de errado com os olhos do primeiro cego. Esse cego diz ainda que uma “luz branca” impede a sua visão. Pouco tempo depois, todas as pessoas que tiveram contato com o primeiro cego -a sua esposa, o ladrão, o médico e os pacientes da sala de espera do consultório – também ficam cegas. O governo trata a doença como uma epidemia e imediatamente coloca de quarentena os doentes, numa instalação vigiada o tempo todo por soldados armados. A mulher do oftalmologista é a única que não é afetada, mas finge estar com a doença para acompanhar o marido no seu confinamento.

“Acho que não ficamos cegos. Acho que sempre fomos cegos.
Cegos apesar de conseguirmos ver.
Pessoas que conseguem ver, mas não enxergar.”

– José Saramago, Ensaio Sobre a Cegueira

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  • 21:00 – DEBATE com o público
  • 21:15 – ENCERRAMENTO